Para hoje (Para A.) "Azul
Para hoje
(Para A.)
"Azul forte
(...)
O prazo para reinventar a alegria expira hoje
e a cada esquina o homem de tronco nu olha
expectante
Eu saio agora com os bolsos cheios de pólvora
Vou encontrar-te do outro lado do tempo
primeiro entre cristais
depois no terraço alto de gelo
depois no cais azul de onde partiremos
para um outro crimeum outro entendimento
oculta trovoada na noite do nosso
desejorealexplícitonu
E o teu corpo será a súbita casa, coluna
de pedra ao fundo dos dias"
Vasco Gato, in Imo, Ed. Quasi,2003.
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Publicado em 9 de Março de 2004