A deus (vita brevis, ou do amor em linha quebrada) A vida a arder, rápida como um fósforo, o calor a escoar-se do olhar, sete mil e duzentos segundos (quantos batimentos cardíacos? quantas inspirações, quanto ar sorvido?), tão pouco, tanto tempo de vida ardida. O sol ainda a queimar, depois já não - ilumina a cidade em azul, antes alegre, serena, é de cristal cortante agora, nem viva nem morta, é apenas uma cidade suspensa, a esvaziar-se de sentidos, levados para longe no sangue que se afasta. Adeus. --------