Leu menos durante alguns dias, ocupada em respirar, em (re)conhecer o oxigénio que nunca tinha julgado verde, brilhante, quente, dotado de luz própria e cintilante, e que agora sorvia a haustos plenos. As palavras dos outros esperavam-na, pacientes, como velhas amizades inquebráveis. Os dias eram curtos e as noites brevíssimas de mais para conseguir chegar depressa a essa rota habitual, só aos poucos retomada. Viver é ocupação exigente e exclusiva quando o fogo devora Cronos, pensou.