- Tenho que te dizer que não concordo com o que escreveste, disse-lhe com suavidade, quase com pena, segurando-lhe o olhar. Não há amor maior do que a vida, sabes. A vida sobrevive ao amor perdido, destruído, abandonado. - Eu sei. Estás a confundir o que penso da vida com o que, às vezes, em momentos raros, fugazes, me toca de leve e se desvanece - a levíssima probabilidade de o amor ser a maior força que existe. Mas isso é ilusão de óptica, miragem criada pelo excesso de calor no corpo e na alma. Eu sei, descansa.