A caixa das cartas antigas Ainda está por decidir a caixa onde somamos cartas de quem nos queria antes do acordar aqui. Mas como ordenar essas linhas (mesmo que para as ler de vez) sem ter que rever cada voz? Resistindo à distracção de ter que aceder à memória? Sendo fiel ao momento sem ser desleal com o passado? Usando apenas as mãos sem usar dos sentimentos? Revisitando os lugares sem saudar as personagens? Há chaves que deves fazer por perder nas despedidas se no agudo vão de escadas que sobe ao teu coração a caixa é uma teia (ardilosamente montada) pronta a reter a pressa de um voo mais desprevenido. João Luís Barreto Guimarães