O Modus ficou pronto em livro. Não o Modus que vive aqui, mas sim o que nasceu em Maio de 2003, em Nápoles, numa tarde de primavera mais quente do que a justa medida, mais fria do que tinha desejado todas as tardes ao longo de dez anos, e que durou até ao fim de Dezembro passado. Criar um blogue, há dois anos quase exactos,não resultou de uma ideia minha, que na época pouco tinha contactado com este meio emergente - foi-me generosa (e incautamente, como se provou depois...) aconselhado por quem então sustinha o meu olhar. O livro que agora transforma em átomos tantos bits é uma recolha - mas também uma escolha feita por quem é depositário máximo da minha confiança. São textos resgatados entre milhares de palavras escritas ao longo de ano e meio de luta, insubmissão, algum prazer, alegria esporádica, muita revolta. É um percurso, uma itinerância, às vezes errante, circular, outras em plena fuga para a frente. Do resgate, tão imprevisto quanto compensador, não falo agora. Está no (fim do) livro.