(ou da ausência de curta duração) Houve um fim de tarde com luz a tombar sobre a barra, o adro da igreja caiada inundado de doçura. O sabor do ar tão marcado, quase verão, quase mar, a ria em perpétuo esplendor, o verde do olhar cada vez mais brilhante, em cada segundo que se escoava a caminho da noite. Houve tempo de risos e conversas, amizades antigas recebidas à mesa, a partilha de um passado tomado nas mãos com amor. Houve o mar e o areal a perder de vista, as conversas sobre tudo, mas nem sempre sobretudo as conversas. A vida vivida brilhou com serenidade apaixonada em horas já memória, consolo sempre. Promessa de futuro presente no vento tornado respiração em comum.