Dias há em que as palavras ardem na garganta, rolando sobre lágrimas ácidas por entre o desespero negro da desordem. Noites que nascem sobre facas, embrulhadas em lençóis de distância incomum, por entre estilhaços que cortam sem dor, sangue vivo como uma pintura ocre a descer na pele tornada ardente. Dias e noites sem rumo, o mar tão longe à espera. De outras luas, novas marés.