Guardam as tardes, o silêncio tranquilo e tolhido de movimento. Habitam os homens que precedem as partidas, também tranquilos. Que se vestem com acenos na calma do momento. Recordam os corpos calados que se encurtam ferventes. Que abertos nas costas têm o peso da água. Salpicam as horas graves. Multiplicam-se no frio inerte da memória. Julgam-se libertos, os homens, com as palavras na expressão implacável do entardecer dos passos últimos. Nuno Travanca