Soubera eu Que o inferno eram vagas de silêncios De verdades que não ousámos admitir, E que nas margens do purgatório Se deleitavam os ruídos que evitámos Com os confrontos adiados a fazer-lhes guarda E que à porta nos abririam os braços Os amanhãs perdidos, E teria ficado mais tempo a contemplar a fúria E baniria do dicionário íntimo a prudência. Ana Paula Zeferino