Chegas-te assim, de manso, nesse abraço, E a outra que há em mim quando não estás Divaga nos teus olhos à procura Dest' outra que te pede que não vás E esse afago doce, lentamente Vai diluindo a minha identidade Doutra que fui em tempos, desde sempre Suspensa num suspiro de ansiedade E a que vou sendo agora que me deixo Na valsa a contratempo ser levada, Dançando entre compassos de desejo Esgrimindo devaneios neste beijo Odes lançando ao ar atordoada, Deixa antever, fogosa do que almejo, O ser que fui, fugindo na alvorada Ana Paula Zeferino