Alguém que me falou de amor imaginou na noite dos corpos a solidão a fluidificar-se nas ancas da mais fecunda borboleta. Nas noites há apenas o erotismo das palavras por florir um corpo à espera de um casulo num aconchego de crisálida o sono de beber a boca-fonte líquida pura tremer até à última metamorfose depois voar não importa para que flor. João Martim