Já não quero nada disto, esta loja é uma ruína que arde, queima o seu cheiro a café. Moeda vermelha- demora a cair na tábua. Olhos e mãos pintadas, unhas hardcore tamborilando. Eu era um senhor que nunca mais se despachava, faltavam uns escudos, se não tinha mais pequeno, triste aborrecimento. Na minha gaguez, no meu embaraço de mãos, moedas e lenços de papel, leio à saída a multa vigilante que nos tolhe, a sua voz clara para o lado. «Cada vez gosto menos de pessoas» e elas passam lá entre elas com outras aventuras na ideia. Conhecem o corriqueiro túnel ao fundo da luz. Helder Moura Pereira