(gentileza de Amélia Pais) Eis a estrada, eis a ponte, eis a montanha sobre a qual se recorta a igreja branca. Eis o cavalo pela verde encosta. eis a soleira, o pátio, e a mesma porta. E a direcção do olhar. E o espaço antigo para a forma do gesto e do vestido. E o lugar da esperança. E a fonte. E a sombra. E a voz que já não fala, se prolonga. E eis a névoa que chega, envolve as ruas, move a ilusão de tempos e figuras. - A névoa que se adensa e vai formando Nublados reinos de saudade e pranto. Cecília Meireles, em O Romanceiro da Inconfidência