I Que se distraiam teus pés Em mil passeios . E tuas mãos despenteiem águas E tranças de heras . Mas teus olhos , não . Teus olhos estão Sigilados em meus tesouros . II O segredo voa Nas volutas Do hálito do amado . Estou presa Da cadeia de seus lábios . Mas ainda que se abrissem Para dizer : “És livre”, Escolheria ser triturada Entre seus dentes . III Feito de madeiras nobres , Recende a canela a incenso. Sua cabeleira de cobre , Elmo de comandante , Cavaleiro andante , Errante guerreiro Lacrado Em secretas fontes . FláviaSavary