passagem por uma paisagem, lugar do onde, do ontem, do quando, quantas palavras ficaram faltando na boca cheia de imagens. o outro é aquele que ficou à margem, no espanto de um pronome, no corpo de uma brisa suave; o outro é como uma fome pluma à deriva, à distância, ou quase. estranho em sua própria viagem, garrafa com uma mensagem, olhar durando numa flor, sem nome, secreta, selvagem. Desterro, água bebida num trem, peça incompleta, festa adiada, vertigem, a cabeça sempre em alguém, eu outro, eu todos, ninguém. Rodrigo Garcia Lopes