O som, o sono, o sonho, o ser e tudo mais que te pertence, não sei quanto, até onde, ou quando mais do que eu pense, prenda e atribua ao que se esconde valor maior do que o aparente, revelado, o que me fala, o que me conta; o que me sara, me fere enamorado de toda sensação que desponta. O copo, o vinho; o corpo sozinho e todo o resto não visto, sem nome, noite, beijo, carinho e o saber da busca por quem insisto, tanto quero, estranho, afago e espero. A voz que vejo, passos que visto, me despindo da pele, me desespero. Em carne viva, na boca salgada o pranto rola; rimel, maquiagem, nanquim, água que tudo desbota da amada que te esboça com tinta, palavra, (sem) imagem. Adrianne Fontoura