Há cidades esquecidas pelas semanas fora. Emoções onde vivo sem orelhas nem dedos. Onde consumo uma amizade bárbara. Um amor levitante. Zona que se refere aos meus dons desconhecidos. Há fervorosas e leves cidades sob os arcos pensadores. Para que algumas mulheres sejam cândidas. Para que alguém bata em mim no alto da noite e me diga o terror de semanas desaparecidas. Eu durmo no ar dessas cidades femininas cujos espinhos e sangues me inspiram o fundo da vida. Nelas queimo o mês que me pertence. o minha loucura, escada sobre escada. Herberto Helder