É doce a tentação do labirinto assim que o sono chega e se propaga ao contorno das coisas. mal as sinto quando confundo a onda sempre vaga deste falso cansaço que regressa ao som da minha estranha e dócil fala cada vez mais submersa como essa pequena luz da rua que resvala plo interior da noite. É quase um sonho A respirar lá fora enquanto o quarto se dilui na fronteira que transponho e afoga a consciência de onde parto agora sem direito nem avesso no incerto momento em que adormeço. Fernando Pinto do Amaral