Nesta cadeira me sento, é nela que me apresento, mas menos do que me ausento, tento, lamento, avelhento, aqui me invento e rebento; passo cordura de unguento e alimento o alento da vida de sono e pão. Desta cadeira prossigo para um outro nó pascigo, já sem perigo nem abrigo, amigo como inimigo, com meu já perdido umbigo de só nascer por castigo: ali de vez eu te irrigo, cintilante coração. Pedro Tamen