Os ramos estremecem, “Tudo está consumado”. São estas as primeiras palavras. Quem o disse? Apenas se escutou essa harmonia como se ficássemos nela abandonados. Ela há-de ser repetida, porque tudo o que termina precisa de ser compreendido para sempre. As primeiras palavras parecem-se com as últimas; as folhas estão caídas e atravessam a terra revolvida para se tornarem diferentes. A voz que tínhamos principiado a ouvir também é a mesma e já se tornou outra. De súbito, o tempo passa por ela. O final aproxima-se, os lábios procuram o silêncio. Olhamos, e vemos ainda as mesmas folhas. Fernando Guimarães