Vem com o silêncio vertical do homem, ínfera, subterrânea, cruel que não tem nome. Reconheço-a quando vou pela tarde e a luz crepuscular derrama sobre o outro seu vermelho alquímico. Esplendor seu rosto, transfiguração; algo em mim a desejou para contemplação, difusa e transitória. Desisti de ser feliz. Confrangem-me o coração os seus abismos, inferno adrede a irromper nos túneis de nossa precária condição. Luz que nos sevicia para a morte, insetos éticos, miméticos. Lá é o pórtico da danação. Dando de topo com seu destino, ali foi onde Eros se perdeu. Erorci Santana