Após a noite e os brilhos, o imenso Sol irrompe sobre a água, a escorrer luz, que vem pelo túnel e ilumina os rostos. A sombra do barqueiro que lança a corda para o cais de luz, agora é um corpo claro quase translúcido como o de um novo Anjo. "Ó fonte desta vida, Sol de alba, imagem de próprio, luminescente", entoou o Peregrino, entre os peregrinos que desembarcam agora, ao fim da viagem, purificados no medo e no silêncio. Era no meio do século, quando a Terra girava entre o horror e a harmonia. Fiama Hasse Pais Brandão