Da poética do verde amarelo
Tão logo os macacos chegam gagos
qualquer papagaio de crista verde
e azuis penas, cheio do marginado
limo – o muro de arrimo que o prende
não torna a declamar direito
com mesmo prazer do azul quimérico
se o beco esvaziado do verde
for higienicamente amarelo
não apreende o irreverente belo
se mal for do paredão além
fizer da conveniência estridência
Marco Aqueiva
Publicado em 13 de Janeiro de 2008