No deserto da insônia a mão, triste, me acena nua de anéis e luvas. Dedos gesto de adeus anunciam o abandono da matéria efêmera. Dos campos do sono a mesma mão me chama cintilante de estrelas. Tento alçar-me da cama no encalço do convite mas a carne me amarra. E enquanto o corpo dura fico entre a dor da perda e o desejo do encontro. Astrid Cabral