Calar a tempestade
I
O nosso silêncio fará calar a tempestade
Tornará sensata a folhagem profunda
Tenho nas mãos duas mãos abandonadas
II
Este barco estava mergulhado para sempre na bruma
Quem fala de ódio de longe em longe
Mais de perto vai dizendo o amor
III
Os olhos penetrantes soberana inocente
Os seios leves de tudo ela ria
E o mar dispersou a areia do seu trono.
Paul Éluard
Publicado em 3 de Fevereiro de 2008