Tudo quanto é feio, destruído, todas as coisas gastas, velhas o grito de uma criança à beira do caminho, o rangido de uma carroça que se arrasta, o pesado andar do lavrador, passo a passo sobre o limo invernal, maculam a tua imagem que engendra uma rosa no fundo do meu coração. Tão grande é a mácula das coisas torpes que não pode ser descrita; a minha ânsia é tudo reconstruir e sentar-me num verde outeiro solitário, com a terra, o céu, a água renovados, como um cofre de ouro para os meus sonhos da tua imagem que floresce numa rosa tão profundamente no meu coração. W. B. Yeats, trad.José Agostinho Baptista