A recordação da casa indiferente ao mundo de hoje. O dizer as coisas sem necessidade. A ocasião do ladrão em disparada. O olho do dragão de jade. Pela janela vislumbro o tempo: a imobilidade. Rosto colado ao vidro me desenho ao fora. O projeto da casa não concluída. O sonho recomposto ao gesto habitual da espera. O discurso e o método aprisionado em calma: a colina transposta em luzes. Recordo o dia da partida: o tempo chuvoso o calor aproximado o abraço e o beijo. A recordação da casa indiferente ao todo começado. Pedro Du Bois