a poesia envenenou-me já não há mais tempo a lua investirá com seus chifres e as cebolas no escuro despertarão o olho do coração da cadeira de balanço a Paciência contempla a penugem dourada das horas enquanto um gato dorme sobre sua cabeça uma tempestade de diamantes arremessará suas flechas sobre o Estreito de Magalhães exatamente assim passará um milênio Ruy Proença