Depõe silenciosamente as mãos em concha no alto de loucuras astrais pelo vago isoladas Mas serve no inevitável percurso quotidiano as duras queixas que o amador amigo apresenta regularmente De inquebrantável desejo o adejar das águias áleas esguias de serpentes escoando o medo diante dos passos que acompanham essas mãos. Do cão forçosamente recto. Atento. Unilinear e imerso em cava escuridade de pressentimentos ocos roucos sons de malogro. Quando do violino se partiu a corda os altos candeeiros estremeceram e ferozmente se abriram as janelas para as árvores sombrias no alto céu estrelado. Eram assim os jardins dessa ignorada noite. Vagueamos, parados, no doce canto do silêncio soltando pérolas pelos lagos do lado As sombras enrolam-se tu dizes sei e o fantasma perde-se, voz impoluta Serenamente vivo a presença do canto Maria Alzira Seixo