Quero do nada o barulho das coisas silêncio em que envolvo a noite onde sombras apresentam tormentas cães imóveis nas beiradas das casas zelam o sono dos donos espiam o que quero: ínfima parte repartida antes da aurora e do acordar da amante corpo sobre a cama imensa de vazios meus pobres pedaços vontade ânsia angústia e morte recolhidas nada e tudo rodeado em vida recolhida nos desvãos das luas novas escuridão em que os espíritos tateiam as paredes corpos roçam vontades mães sobressaltadas na perdição dos sonhos. Pedro Du Bois