Sob o olhar desta tarde, quantas horas revivem e morrem de uma nova agonia? Velhas feridas se abrem, de novo somos julgados, o que era tudo some-se e num mundo fechado outras vigílias doem. A noite se organiza e, no entanto, ainda restam certas luzes ao longe. Ah, como encher com elas este ser já não-ser que se dissolve e deixa vagos traços na tarde? Emílio Moura