Bebo o meu café enquanto bebes do meu café. Intriga-me que faças isso. Se te posso pedir um (se podes tomar um igual) porque hás-de querer do meu? Que não. Que não queres. Escuso de pedir que não queres. Então começo um cigarro e tu fumas do meu cigarro dizes «tenho quase a certeza de não acabar um sozinha» por isso fumas do meu. Dá-te gozo esse roubar de leves goles furtivos dá gozo participar do prazer que eu possa ter contigo (e entre nós) dá-se agora tudo a meias. João Luís Barreto Guimarães