Há um cipreste que se dissimula No dia que nos leva pela mão. E entre brasas de sol que ardem na rua Uma pomba que faz de coração. Voa: uma linha recta para a lua Em sonhos que nos levam de balão. Perversidade de uma paz futura Onde só chegaremos de caixão? E nada nos recorda esse futuro Escondido atrás das nuvens que trouxeram Ao nosso rosto os olhos prematuros Das órbitas reais que nos esperam. Natália Correia