Realismo epicurista
Porém, os homens trabalham à sombra de um engano. O melhor do homem não tarda a ser cultivado no solo para adubo. Devido a um suposto destino, geralmente apelidado de necessidade, ocupam-se, como refere um livro antigo, a amontoar tesouros que a traça e a ferrugem consumirão e que os ladrões minarão e roubarão. É uma vida de tontos, como perceberão quando a percorrerem até ao fim, se não for antes.
Henry David Thoreau, in Onde vivi e para que vivi, trad. Odete Martins
Publicado em 10 de Outubro de 2008