Algo (A Janela do Sótão)
Algo envereda
Pelo silêncio
De toda queda.
Reconstrói o ócio
Envenenado
Das circunstâncias.
O vesgo enfado
De velhas ânsias
Flutua, tímido,
No sustenido
Tom destemido
Vindo, silente,
Na transcendente
Dor decadente.
Aroldo Ferreira Leão
Publicado em 12 de Janeiro de 2009