Amor custa bem caro. Mesmo assim depenamos bolsos e bolsas de moedas raras. Por ele pagamos, em prestações nem sempre suaves, quanto de entrada supúnhamos de todo não poder: o alto preço dos sustos, a conta escorchante das noites em claro, os juros extorsivos do medo de perdê-lo, a tristeza do saldo zero. Queixamo-nos de carestia se de amor-próprio ainda nos sobra algum trocado, mas que fazer quando só amor é o lucro que buscamos? Astrid Cabral