Não adianta (A Alquimia do Impreciso)
Pra onde correres, não adianta, serás
Só. O pó dos dias únicos transformará
Teus vazios, porá na inquietude tua
As disformes ações aceleradas, cruas.
Tens morrido e nascido sempre como um ás
Menino triste, unido a dor que te achará
Movido no caos das coisas. Algo flutua
Na descrença que te torna sisudas ruas
Desalinhadas nos congestionamentos
Do ser. Perdeste a ti, nada mais sobrou para
Contares a história íntima dos movimentos
Sincopados de tudo que te perturbou
Serenamente. Rostos no ermo são a cara
Do humano cidadão que a si mesmo podou.
Aroldo Ferreira Leão
Publicado em 12 de Janeiro de 2009