Pra onde correres, não adianta, serás Só. O pó dos dias únicos transformará Teus vazios, porá na inquietude tua As disformes ações aceleradas, cruas. Tens morrido e nascido sempre como um ás Menino triste, unido a dor que te achará Movido no caos das coisas. Algo flutua Na descrença que te torna sisudas ruas Desalinhadas nos congestionamentos Do ser. Perdeste a ti, nada mais sobrou para Contares a história íntima dos movimentos Sincopados de tudo que te perturbou Serenamente. Rostos no ermo são a cara Do humano cidadão que a si mesmo podou. Aroldo Ferreira Leão