Como a luz numa caixa de laranjas ou a chuva sobre a mesa de verduras no mercado, desce a manhã neste jardim, descalça, e as flores que traz, na involuntária beleza, parecem, contra seu corpo de verão enfunado, musgo, limo, ferrugem, as feridas que os pássaros abrem na casca lisa e perfeita de um fruto. Alberto da Costa e Silva