A primavera vem, as cores chegam nos odores e pétalas, curiosas as mãos e as estipes nos canteiros afagam a terra e brota a flor de abóbora. A primavera veio, e ainda as Graças de Botticelli em dança etérea, que este pólen caindo dos vestidos faz nascer Vênus e um véu translúdico. A primavera vai, e bate o estio no cabelo e na pele de Urania, musa da astronomia e de um poeta que é sagitário e Oxóssi duplamente. Fernando Peres