Por todo o caminho, te levo comigo, como quem carrega o próprio coração nas mãos, pulsando. Como quem bebe um vinho precioso, deixando que o líquido se espalhe e molhe o rosto. Por todo o caminho, te levo comigo, como quem arranca um punhado de mato e põe no bolso, só para sentir a raiz entre os dedos. Te levo comigo, sobre os ombros, até o alto da mais alta das montanhas. Kátia Borges