Deito-me sob o veludo azul Profundo que não existe, Para acreditar que suspiros são flores que brotam Entre Deus e o Diabo. O suor que me embriaga Bebo-o a curtos tragos, Saboreando cada nota da música Dos pássaros sobre nós. Emocionados - leio em teu corpo - com olhos, Tropeçam em beijos de cílios, Mergulhados na pupila de um gato. A poesia que descansa Debaixo de um lustre de papel Grita agora furando os tímpanos da casa. — O silêncio que herdo de um doce homem me segue por onde me levam meus próprios passos. Nai Frossard