Submerso
Recupero na música
triste dos portenhos
a saudade
escondida
sob a pele
curtida
do progresso:
tenho medo
de não regressar
ao útero
e me ver afastado
ao todo da família
a música cadencia o olhar
absorto ao nada: olho
e não vejo o presente
no arco do trajeto
a música se faz ágil
e forte: corto as amarras
e submerjo.
Pedro Du Bois
Publicado em 10 de Outubro de 2011