Passos de viajante
Nas viagens que faço
Naquelas onde o caminho nem sequer parece sinuoso
Mascaro-me com aquilo que os outros não vêem
E tento apanhar a última sílaba de mim
Procuro-me nas ruas e vielas deste lugar
E daquele outro lá mais à frente
Estranho os passos estranhos que dou
Procuro, assim, eternecer a minha noite
Mas nem sempre gosto deste sargaço vizinho
Preferia sonhar com a lua, como em criança
E ficar lá, para outras aventuras.
V.G.
Publicado em 28 de Junho de 2012