Mas porque, por amor dos bosques, não se calam? Idiossincrasias, pela certa, que o direito Ao silêncio é feito de pequenos nadas, e Cada vez que um melro vem à cidade Há sempre homens e mulheres que não reparam Embora ao melro pouco importe, e ao seu passo elegante Lá, onde inventa bicos isentos de avenidas fartas Há palavras das mais espertas nos bicos de um melro Onde, ou melhor dizendo, nas quais, Joaquins e Marias se embraçam sem saber porquê Este mais um mistério da vida, que Tantas vezes fazemos bem o que não queremos por não saber porque o fazemos e, como se não chegasse O filosófico silêncio do melro na cidade buzinada Cuase ou quase, como queiram os mais previstos engenheiros Alivia as tardes muito religiosas, feitas de Sangue murcho, quanto baste ao trono dos dias Todos somos feitos de igualdades, nem que na maior das insatisfações E há quem diga, ou envide, que seja isto a democracia Belo belo era que o dia irrompesse por entre as esquinas do melro e Ainda mais em algumas, senão muitas Imprevistas alminhas feitas de X individualidades elevadas ao quadrado, recalcitrantes, Imoderadas, Nada desconformes com o nada, mas Hoje é um lugar qualquer O lugar ideal para ser lugar, entre três copos de vinho Rui A.