para a Amra Alirejsovic (quem não viu Sevilha não viu maravilha) É preciso desentropiar a casa todos os dias para adiar o Kaos a poetisa é a mulher-a-dias arruma o poema como arruma a casa que o terramoto ameaça a entropia de cada dia nos dai hoje o pó e o amor como o poema são feitos no dia a dia o pão come-se ou deita-se fora embrulhado (uma pomba pode visitar o lixo) o poema desentropia o pó deposita-se no poema o poema cantava o amor graças ao amor e ao poema o puzzle que eu era resolveu-se mas é preciso agradecer o pó o pó que torna o livro ilegível como o tigre o amor não se gasta os livros sim a mesa cai à passagem do cão e o puzzle fica por fazer no chão Adília Lopes