Sonhos
Sinto o cansaço das viagens que nunca fiz
Mas nem por isso há queixume ou desalento
Porque tenho a memória das aventuras
De cavaleiros medievais e amantes renascentistas
Das bruxas hereges e dos castelos
Prestes à conquista e ao negrume do inimigo
Que ainda vivem nos meus sonhos.
E assim nunca perderei de vista
As subtis linhas do azul quase invisível do céu
Onde nunca estive e nas quais nunca naveguei
Mas nem por isso tenho as portas fechadas
Às asas da imaginação, que essas
Nunca estarão para lá do meu horizonte.
Violante Grilo
Publicado em 25 de Agosto de 2012