Sinto o cansaço das viagens que nunca fiz Mas nem por isso há queixume ou desalento Porque tenho a memória das aventuras De cavaleiros medievais e amantes renascentistas Das bruxas hereges e dos castelos Prestes à conquista e ao negrume do inimigo Que ainda vivem nos meus sonhos. E assim nunca perderei de vista As subtis linhas do azul quase invisível do céu Onde nunca estive e nas quais nunca naveguei Mas nem por isso tenho as portas fechadas Às asas da imaginação, que essas Nunca estarão para lá do meu horizonte. Violante Grilo