Mas nem sempre é assim
No barulho forte e mudo servido em raspas
Que por vezes acontece
Na certa vertigem e algum desgosto deste aperto aqui tão perto
Tão chegado ao chão e já tão cerca e certo de estar
Que nem pressa tem
São tantas as palavras para a ausência
Que a haver algum retrato
Não é retrato
Que se veja
Não é verso
Que se diga
E na lamentável falta de controvérsia
Dos dias e das noites não há sequer
Uma ponta
Ou um remorso
Rui A.
Publicado em 11 de Abril de 2013