Quantas vezes nos devia aparecer mesmo que em sonhos Um pasteleiro trotskista como o de Moretti O das boas angústias, salvo seja Quantas vezes nos devia aparecer mesmo que em sonhos Uma manhã florida, de entretecer Cordéis num bom e não clássico romance Que ficasse Quantas vezes mesmo deviam os sonhos singular Mais do que servem os médios dias plurais Uma rosa púrpura no bairro Cheia de boas referências Quantas vezes mesmo devia o mesmo aparecer Em tons de pastel E segundos de aguarela Trauteando passeios e avenidas O Tejo é o rio mais bonito e sem dúvida em mais cidades que Lisboa Entretanto e a cada qual as suas Leituras E equivalências E da relva sai algum poema que ainda que sem jeito pensava Impossível Mas como num bom filme de cinema Há finais felizes e guias nos dias Completos e pasteleiros nos dias de pôr À mesa E depois quantas vezes os dias São romance Não ocupado Há dias que são autênticas mercearias. Rui A.