Um barco parado nas águas ao de leve sonoras. Enquanto a noite desce como um lençol suavemente escuro apagando o rio, que era azul e agora já é um espelho prateado virado para fora de si. alongado pela escuridão que se recolhe nos olhos, de quem olha. Há em tudo uma paz impossível, e eu vejo o teu rosto e tu pareces não ser. Olho-te de novo, e tu olhas-me assim: tão distante e ausente que me deixas mais nu. Eu sei: sou aquele que te ama do fundo deste rio que agora nos faz juntos. e estamos sempre sozinhos. A partir de agora, entre nós não haverá mais segredos. José Alberto Mar